terça-feira, 7 de julho de 2015

MAIS UMA IDÉIA DE JERICO!

Quando penso que nada mais pode acontecer, sou surpreendido com novas "pérolas" distribuídas pela Presidente Dilma Rousseff. Penso eu, cá com meus encanecidos botões, que em tempo de crise e dificuldade vividos por um País, o povo deve ser conclamado a trabalhar mais, a produzir mais, a poupar o máximo possível, a evitar coisas supérfluas, a esquecer feriados e dias santos. Se possível, trabalhar o dobro do que já faz, sem descanso. O empresariado deve promover diminuição do custo de produção e margem de lucro sem perder a qualidade. Os governantes e agentes políticos devem esquecer as tetas mirradas da viúva e dizerem sonoro NÃO aos desmandos, aos preços superfaturados das obras públicas, aos abusivos aumentos de preços dos serviços públicos. Devem também os agentes públicos em todos os escalões, dar um BASTA À CORRUPÇÃO. Enfim, é preciso criar uma corrente positiva para que homens, mulheres e crianças, debrucem-se na ação e busca de soluções rápidas e honestas, para diminuir o impacto do que é transitoriamente impeditivo para recomposição da queda financeira geral. Mas vejam o que a Senhora Presidente oferece ao Brasil, conforme leio nos jornais matutinos.
"O "Diário Oficial da União" (DOU) traz nesta Terça-Feira a Medida Provisória 680, de 6 de Julho de 2015, que institui o Programa de Proteção ao Emprego (PPE). O programa foi anunciado ontem e permite a redução da jornada de trabalho em 30% e igual diminuição do salário do trabalhador. A perda salarial, no entanto, será parcialmente compensada pelo Governo, que vai usar recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para que a redução de salário seja de, no máximo, 15%. Esse percentual, no entanto, não poderá ultrapassar R$ 900,84.
A MP entra em vigor imediatamente, mas ainda precisa ser regulamentada. Por isso, o DOU também traz um decreto (8.479) que cria o Comitê do Programa de Proteção ao Emprego (CPPE), o qual tornará operacional a MP, ao apontar as regras e os procedimentos do programa. O CPPE é composto pelos ministros da Fazenda, Trabalho, Desenvolvimento, Planejamento e Secretaria-Geral da Presidência. O custo estimado está em torno de R$ 100 milhões neste ano. A argumentação do Governo é que melhor gastar recursos preservando empregos a pagar o seguro-desemprego".
Assumir que é preciso diminuir gastos públicos, acabar com canetada os Ministérios e escritórios oficiais inúteis e claramente servindo para cabides de emprego de apaniguados, reduzir a pesada carga de impostos que sangra o bolso do povo, enfrentar a corrupção nos serviços estatais, promover crescimento da indústria, comércio e serviços, promover ações definitivas e não eleitoreiras para o resgate pleno da cidadania, isso, nem pensar.
Se continuarmos assim, com o estímulo oficial à preguiça e ócio do povo, à entrega de benefícios sociais inadequados, só nos resta uma saída: declarar a falência do Estado Espetáculo que está à nossa porta e sugerir que nos lancemos ao abismo definitivo. Se não admitimos nossos deslizes, se não fazemos nossa parte, se não plantamos a semente da verdadeira palavra em solo fértil, como esperar a colheita salvadora?
Só me resta a triste conclusão: somos brasileiros sim, mas cândidos escravos dos gestores públicos com idéias de jerico.