quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

A PÉSSIMA LIÇÃO QUE APLAUDIMOS NAS NOVELAS


Estávamos Heloísa e eu em nossa sala ontem à noite após o lanche costumeiro, conversando sobre o que fora o dia de trabalho. Televisor ligado sem ninguém prestar atenção ao que era mostrado, Jornal Nacional chegou ao final e logo começou "Amor à Vida", cujo enredo não tem nada a ver com o título. Particularmente, penso que novelas hoje em dia são estímulo a tudo o que não deve ser feito e esta trama da TV Globo, prima pelo exagero e a inconsequência. Quem se dispuser a ser malandro em todos os sentidos, em aprender o que não deve ser colocado em prática na vida, quem procurar como agir para prejudicar o próximo, seja moralmente ou profissionalmente, tem nesta novela, um curso de pós graduação excelente. E, como bonificação, recebe instruções espetaculares sobre ações para dilacerar relações familiares, traições e tantas maledicências que, acredito, tem sido acompanhada com avidez por imensa maioria do povo brasileiro. E este ensino entra em nossos lares sem a menor cerimonia, com nossa autorização, crianças e jovens de todas as idades assistindo com ávido interesse as cenas que para mim são inadequadas, assimilando o que não presta e ávidas para colocar as tais "lições novelescas" em prática. 
Acordei bem cedo hoje como em todos os dias, preparei o café, observei da minha varanda o sol surgindo, ouvi os pássaros cantando e saudando a manhã, e eu apreciando este maravilhoso espetáculo da natureza, impregnado com a beleza das flores que plantei e cuido com carinho. Após o café da manhã, debrucei-me à leitura dos e-mails e do noticiário dos jornais. Não consegui levar adiante a tarefa, porque me veio à mente as cenas do capítulo da novela que casualmente assisti. Dei-me conta então que estava com um estranho nó ocupando espaço meu estômago. Rememorando as idiotas cenas da novela, lembrei-me estarrecido de um fato acontecido no mês de Abril em Tanabi (SP), cidade aqui da nossa região, onde um pai viciado em drogas entregou a própria filha para ser a escrava sexual de um traficante muito conhecido, como pagamento pela dívida que tinha com o marginal. O absurdo maior é que essa garota tinha 5 anos de idade e o traficante .... 14 anos. Isso mesmo que vocês leram, o pai viciado em crack entregou a filha de 5 anos ao traficante que tem 14 anos, para ser violentada e assim resgatar sua dívida com a compra dos entorpecentes. A garotinha foi seviciada, abusada sexualmente por longo tempo pelo jovem bandido e como ela gritava e tentava se defender da violência, por pouco não foi estrangulada. O pai, Gleidson Pedro Martins, de 22 anos, permaneceu durante todo o tempo na frente do imóvel onde a menina foi violentada, vigiando para impedir a aproximação de qualquer pessoa.

Adivinhe de quanto é a dívida deste pai, usuário de crack? R$ 30,00. É uma história terrível, que aconteceu na vizinha e hospitaleira cidade de Tanabi. A menina só não perdeu a vida nas mãos desse bandido adolescente, porque a mãe sentiu falta da garota que brincava no quintal e saiu para procurá-la e, ouvindo os gritos, descobriu a filha no imóvel vizinho. Esta senhora que na época estava com gravidez de quatro meses ainda viu o traficante sair do local ajeitando as roupas e rindo descaradamente. Após resgatar a filha e chamar a Polícia, a senhora foi levada com a menina para receber atendimento médico em São José do Rio Preto. Moradores ficaram sabendo do ocorrido e cercaram a casa do traficante, tentando linchá-lo, mas este foi resgatado pela Polícia Militar. O que foi uma pena, pois este monstrinho merecia um duro castigo.

Traçando uma linha imaginária unindo o enredo de "Amor à Vida" e este fato não tão recente em Tanabi, fiquei como você, caro leitor, estarrecido e não consegui até agora esconder um sentimento de revolta. Um pai viciado em drogas, entregando a filha para pagar sua dívida com traficante de drogas não pode ser visto como fato isolado. É preciso que nos debrucemos em profunda reflexão sobre o momento em que vivemos neste nosso planeta Terra. Não me alinho entre fundamentalistas que apregoam o fim do mundo ou fim dos tempos como queiram, ou sobre a iminência de um castigo divino se abatendo sobre as pessoas. Prefiro pensar que a culpa é unicamente do ser humano, que perdeu a noção do que é certo ou errado, do que é viver em sociedade, que deixou de lado o respeito às leis, que se afastou de verdadeiros ensinamentos religiosos, que não dá mais valor à vida, que se deixou inebriar pela ganância e pela frivolidade, que não está nem aí com o sofrimento dos desvalidos pela sorte.

Vivemos uma farsa continuada, onde o que tem valor é a roupa cara e o carro mais moderno, onde o que deve ser valorizado é o status social. O que impera é o montante da conta bancária, a joia reluzente, o penteado vistoso, o tênis importado, a camiseta com a logomarca famosa que chama a atenção. A sociedade está sendo bombardeada com propagandas enganosas, onde tudo é bonito e fácil de ser conseguido. As novelas não mostram mais enredos que falam do verdadeiro amor e não ensinam a ação solidária. Em nossos lares e em qualquer horário, permitimos a invasão de programas onde se ensina a degradação e a dissolução da estrutura da família. Os jovens e adolescentes são compelidos a conquistar tudo com facilidade. A prática do sexo é estimulada sem nenhum constrangimento ou cuidado, e desde a mais tenra idade, nossos filhos e filhas assistem livremente os programas na televisão que louvam a licenciosidade, o sexo fácil e promíscuo como se fossem coisas absolutamente normais. Pior ainda, muitos programas revelam com todas as cores e com todas as letras, que os velhos pais “estão por fora” e que os jovens filhos não devem mais aceitar o estilo de vida regrada, não lhes devem obediência alguma, pois o que vale é viver feliz e nada mais.

Com tanto glamour à disposição, nossos jovens adolescentes ainda são informados que possuem todos os direitos do mundo e.... nenhuma obrigação. São impedidos pela legislação de trabalharem enquanto não atingirem a maioridade. Podem faltar às aulas nas escolas e não precisam se preocupar com aquilo que os professores ensinam, porque não serão reprovados no final do ano. À disposição das famílias, o Governo Federal oferece todo tipo de bolsa financeira, um desestímulo da opção pelo trabalho sério, continuado e correto. Estamos com isso, criando uma sociedade dependente das esmolas mensais do Governos Federal, Estadual e Municipal, em troca abjeta de votos a cada eleição.

Mas voltando às novelas e ao caso desta infeliz menina de 5 anos que foi entregue ao traficante de 14 anos, pelo pai viciado em crack, para resgatar a dívida pela compra das drogas, penso que esta situação novelesca e o lamentável acontecimento em Tanabi, não podem ser encarados como coisa comum. Não bastou recolher o bandido adolescente à Fundação Casa. Nem o necessário apoio psicológico à garotinha e família, se é que tiveram esse privilégio. É preciso que a sociedade se mobilize para exigir do Governo, a mudança das leis, acabando com esta história de proteção a menores infratores, mas colocando-os na condição de sofrerem as penas da lei tão logo pratiquem seus delitos. Não podemos mais conviver com essa situação degradante. Ou mudamos agora, ou nos declaramos vencidos pelo crime organizado. E, que as emissoras de televisão adotem um manual de conduta, com observância da moral e dos bons costumes, que se debrucem para encontrar enredos que possam ensinar crianças e adolescentes. Não é preciso um censor com lápis vermelho ou um pelotão fardado e baionetas caladas para "ensinar" a mídia a fazer o certo. Basta que se adote o respeito ao ser humano - principalmente às crianças e adolescentes - extirpando os maus exemplos, para que, cedo ou tarde, estes não sejam adotados como atos normais. 

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O FIM DE UM CICLO

Encerrei hoje minha presença diária no programa CIDADE ABERTA, por mim produzido e apresentado pela Rádio Vale do Tietê. Foram 170 programas. Decidi encerrar o programa, para não promover mudanças na linha editorial. A decisão tomada ontem à noite, foi comunicada à direção da emissora em carta pessoal ao Diretor Rogério Ingracia Victar. Havia planejado apresentar o programa normalmente nesta Sexta Feira e só no encerramento comunicar que CIDADE ABERTA deixaria de existir mas, instantes antes de entrar no ar, mudei de opinião. Microfone aberto, fiz a justificativa:

Encerro hoje, aqui e agora, mais uma etapa profissional em minha vida. Estou feliz e orgulhoso pela oportunidade concedida pela Diretoria da Rádio Vale do Tietê, com agradecimento especial aos meus amigos Rogério Ingracia Victar e José Abud Victar. Desde o dia 1º. de Abril quando foi ao ar pela primeira vez o CIDADE ABERTA, falei diretamente para as pessoas da minha querida cidade de José Bonifácio, mostrando suas aspirações, seus sonhos, suas queixas.

A proposta do programa CIDADE ABERTA, acredito, foi alcançada, pois transformou-se no canal popular preferido para o debate das idéias, sem ódio, mas também sem medo. CIDADE ABERTA é, desde então, a voz do cidadão e das cidadãs de José Bonifácio, das pessoas humildes ou não, sem face e sem história, que não conseguiam fazer chegar aos ouvidos e gabinetes públicos, suas necessidades e suas esperanças.

O caminho não foi fácil, mas o desafio não me amedrontou. Tudo o que foi dito e debatido aqui por mim, foi em defesa dos interesses reais do povo, sob minha responsabilidade profissional. Vocês, moradores da minha cidade, ouvintes do CIDADE ABERTA, sabem que sou um profissional de Imprensa com muito orgulho, um jornalista com cicatrizes pelo corpo, conquistadas na luta constante pela valorização e respeito aos cidadãos, não importando o credo político ou religioso, a cor da pele, ou a posse financeira. Vocês conhecem meus princípios e meu código de ética.

Não sou melhor do que ninguém nesta comunidade. Não sou o inimigo rançoso de governantes e poderosos como muitos me rotulam. Ao contrário, não tem ninguém nesta cidade que deseja com tanto ardor que eles acertem no desempenho de suas funções públicas. Sempre disse que uma Prefeitura é a maior empresa da cidade, da qual a comunidade é dona absoluta. O Prefeito, os Vereadores, os detentores de cargos públicos em todos os escalões, são apenas gestores. Nós, o povo, os escolhemos para serem os administradores legais por período determinado. Somos nós que pagamos seus régios salários. Nunca, em todos os programas CIDADE ABERTA, foi priorizado em quem eu ou você votamos. Venceram a eleição, democraticamente, os que foram desejados pela maioria do povo. Então, cabe a nós aceitar o resultado das urnas e desejar que os homens públicos façam o melhor trabalho, dedicando-se com amor e muita responsabilidade para a solução dos problemas coletivos.

O tempo de um governo é limitado e as mudanças exigem boa vontade, rapidez e discernimento. Um dia já é tempo mais do que suficiente para mudanças significativas em nossas vidas. O que dizer então de uma semana? Ou dez dias? E um mandato de quatro anos, então? Vejo, com tristeza, que mudanças ocorrem sim, mas com prejuízos que dificilmente serão reparados, pois a lentidão na tomada das decisões, muitas delas que não são as desejadas pelo povo, causam transtornos.  E quando isto acontece, o mal está feito, sendo doloroso e oneroso qualquer reparo.

É por isto que sempre defendi e apregoei que vigilância popular sobre os governantes tem que ser constante. O ser humano comete falhas, eu cometo equívocos, você que me ouviu ao longo destes meses pode ter sido induzido ao erro. Entendo que um administrador público não deve isolar-se em seu gabinete refrigerado e não pode governar sozinho, soberano. Mas, como faríamos eu e você caro ouvinte se fôssemos os responsáveis pelo comando de uma cidade? Certamente, outras seriam as decisões, porque os pensamentos e o modo de agir nunca são iguais. Dizem que sempre é mais fácil criticar e isto, reconheço. Mas, e as soluções? Quais são os nossos planos e sonhos para uma cidade caro ouvinte?

Todos nós temos razão. Estranhamente, nenhum dos lados, seja o Governo ou o Povo, não são depositários da razão absoluta. O que provoca animosidade numa comunidade é a certeza do absolutismo das idéias, a necessidade de certos governantes imporem-se para uma plateia. Assim fazendo cometem estes, o primeiro e crucial erro e quem sofre com isso é a população como um todo. A fortuna do dinheiro público que é empregada para esse cívico teatro daria para solucionar quase todos os problemas, deixando esta nossa cidade bem próxima do ideal e daquilo que todos queremos.

Infelizmente, a esperança e o sonho do povo esvaem-se, já que continuam exatamente iguais, a perversidade e o egoísmo, latentes e em grau maior. Mas por que isso? E no Brasil? Bem, a corrupção fez escola, é a mesma de sempre, os governantes pouco se importando com o sofrimento dos governados. A chuva que cai, provoca danos materiais imensos, ceifando preciosas vidas. O calor causticante queima e mata em muitos pontos do Brasil. O dinheiro público continua sendo desviado para cofres secretos e pessoais. Legisla-se e locupleta-se em causa própria. A economia está na gangorra apesar das ufanistas falas oficiais.

É uma pena, pois se houvesse disposição para administrar corretamente uma cidade e o País, se estimulada fosse uma verdadeira união entre o povo e o Governo, haveria a guinada tão desejada para o bem geral. O que desejo, e o que vocês querem ouvintes é o mesmo, desde sempre: paz, alegria, prosperidade material e espiritual, saúde, moradia, emprego, segurança pública, transporte público eficiente, educação com qualidade, salários condizentes, condições ideais para viver e, principalmente, aplicação correta dos tributos públicos. Muito difícil isso? Acho que não. Só é preciso vontade política e ação.

É isso que busquei debater em igualdade de condições aqui na Rádio Vale do Tietê, em especial neste programa CIDADE ABERTA! Mas hoje, agora, encerra-se um ciclo. Estou me despedindo e deixando um agradecimento ao Rogério, ao Zeca Abud, eles Diretores da Vale do Tietê, pelo apoio, a oportunidade e a liberdade para produzir e apresentar este CIDADE ABERTA. Deixo também o abraço fraterno ao Diogo Chiba, técnico competente que tanto colaborou comigo. À Adriana, Secretária da emissora, meus respeitos. Ao Edilson de Oliveira, excelente apresentador, que auxiliou-me em tudo que precisei. Ao Fernando Betoli, nossa “voz padrão” que produziu e gravou com muita competência e profissionalismo, as chamadas e vinhetas do programa. Vocês, sempre me incentivaram e torceram pela audiência e sucesso da emissora. Por último, um agradecimento especial a você, ouvinte, que em todos os dias, dedicou seu tempo, seu carinho e sua audiência, dividindo conosco os sonhos por uma cidade melhor. Saibam todos, meus anônimos companheiros de trabalho e ouvintes, que estão acolhidos em meu coração, os bons momentos aqui vividos, pela luta travada. Há novos caminhos para trilhar e sigo sempre em frente, cabeça erguida, consciente do que precisa ser feito. Com orgulho do que fiz, sem arrependimentos.
Somos todos vencedores! Que continuemos lutando, sem medo, com a certeza da desejada vitória, pela José Bonifácio que queremos, por uma sempre e verdadeira CIDADE ABERTA.

Muito Obrigado!

sexta-feira, 19 de julho de 2013

E, de repente, ecoou o som da corneta...
 
Desculpas devo, aos gentis amigos que me aplaudiram quando anunciei que ingressara no insondável mundo dos blogueiros. Estão frustrados, tenho certeza, pois esperaram no dia seguinte à primeira postagem, a sequencia do trabalho proposto. Compromissos profissionais sugiram como num passe de mágica e não tive como deles fugir. Cumprida a missão, uma gripe monstruosa nocauteou-me, ficando por uma semana inteira acamado, impossibilitado de trabalhar e sob cuidados médicos, a atenção da diligente e fiscalizadora esposa Heloísa, e esta, com disciplina de caserna, obrigando-me a seguir a risca as recomendações prescritas. Hoje, quase recomposto, estou retornando à ativa. 
Deparo-me com jornal O Regional, em sua edição desta Sexta-Feira, publicando editorial em que nominalmente sou citado. Senti-me envaidecido com a leitura e a especial deferência dos editores do semanário bonifaciano, Josy Vicentim Bucater e Marco Bucater. Todo mundo na cidade sabe do meu ímpeto combativo quando se trata de defender interesses coletivos. Tem sido assim ao longo de minha vida profissional. Não pactuo com meios termos e isto tem me brindado com querelas diárias. Até aqui, tem me favorecido as vitórias, que não são minhas, mas da comunidade. Foi assim em Osasco na Grande São Paulo e agora é aqui, na cidade natal.
Em Abril, convidado pelo Diretor da Rádio Vale do Tietê, o jovem e também entusiasta e abnegado advogado Rogério Ingracia Victar, assumi a produção e apresentação do programa "Cidade Aberta". O nome do programa já diz tudo. Tenho absoluta convicção de que neste curto espaço de tempo, estou desagradando interesses políticos poderosos e... também daqueles que preferem viver à sombra dessas benesses. Pouco me importa, cada um faz da sua vida o que bem entender. Mas, quando ações e comportamentos pessoais ferem direitos coletivos, isto diz respeito a mim também. Senti-me insultado por ter sido chamado de "corneteiro" por um radialista, embora meu nome não tenha sido citado. Mas nem era preciso. O recado foi mais do que claro, e não fujo quando a carapuça me serve. Rebati com veemência ao insulto. Foi por isso que  O Regional, entendeu como válido mencionar o fato e publicar nesta Sexta-Feira, o editorial que ora transcrevo:
"Na semana passada, o jornalista e radialista Hairton Santiago foi chamado de “corneteiro” (expressão popular para adjetivar alguém que reclama de forma demasiada) durante uma entrevista oficial de quem deveria apenas prestar contas de como está conduzindo a chamada “coisa pública”. É claro que o jornalista respondeu à altura e nós, de O Regional, achamos válido o argumento de Santiago.
Entre outras respostas bem dadas, o jornalista explicou que “cornetar” a administração, seja ela em qualquer esfera, deveria ser encarado como algo benéfico, pois mostra a realidade nua e crua; mostra o que realmente o povo sente e deseja e aponta os caminhos aos governantes, em busca da solução dos problemas comunitários. A realidade é bem diferente do que mostram, na maioria das vezes, os puxa-sacos que bajulam quem está no poder, também na maioria das vezes somente preocupados com seus próprios interesses, principalmente na esfera pessoal.
Concordamos que o papel da imprensa é mesmo colocar o dedo nas feridas, cutucar a onça com a vara curta, abrir os olhos de quem está realmente interessado em ajudar o povo a melhorar sua condição de vida. Imprensa boa não é aquela que bajula em troca de atos oficiais, que “esquece” de mostrar os problemas e pensa que assim está coloborando com um sistema neutro que apenas ajuda o governante.
Imprensa boa mostra os defeitos, aponta o que é negativo, elogia se necessário, mas acima de tudo faz seu papel de elo entre o povo e o poder, seja ela qual for. Denunciar, criticar, “cornetar” faz parte de um sistema que mostra aos governantes a realidade dos fatos e não os maqueia em troca de favores e de benefícios.
Imprensa boa sabe que a verdade é dura e por mais que doa precisa ser dita.
Um governante inteligente sabe disso e ouve mais quem critica do que quem elogia sem fundamento. O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse numa certa ocasião: “Livre-se dos bajuladores. Mantenha perto de você pessoas que te avisem quando você erra”. Pronto. É isso."
Surpreendi-me ao ler o jornal nesta manhã. Agradeço pela citação do editorialista ao meu nome. Não havia pensado nisso antes, mas, o intempestivo insulto que recebi reanimou em mim o fôlego já cansado. Estou orgulhoso por ser neste deserto de "convenientes surdos", um corneteiro que goza do respeito do público ouvinte da emissora e da confiança do povo desta querida José Bonifácio. Q
uem quiser ouvir sonoras e verdadeiras "cornetadas" é só sintonizar a Rádio Vale do Tietê na frequência 1240 KHz AM aqui em José Bonifácio, ou pela internet www.radiovaledotiete.com.br de Segunda a Sexta Feira a partir das 11 horas.
Falando nisso, na Segunda Feira retorno ao microfone da emissora, para o agradável contato com os ouvintes do Cidade Aberta.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

POR QUE ISSO AGORA?

Relutei, mas, eis-me aqui incluso no território dos blogueiros. Nesta altura da minha vida, não posso dar-me ao luxo de postar-me comodamente por horas a fio à frente desta tela de computador para a leitura diária dos jornais e das postagens de tantos amigos blogueiros ou mesmo para a produção de textos e reportagens da WNews, minha revista digital. Cedo aos apelos e recomendações de tantos amigos e, temeroso, crio meu próprio blog. O que me espera daqui em diante, lanço na conta do imponderável. Mal escrevo estas primeiras linhas, sinto-me atraído para a aventura, como se me tivessem colocado no comando de uma nave estelar. A curiosidade me impulsiona a seguir em frente, esmiuçando caminhos até então desconhecidos.
Um propósito me anima: escrever sobre o dia-a-dia da cidade de José Bonifácio, sobre fatos gerais do Brasil e, quiçá, do mundo. Afinal, somos ou não uma "aldeia" neste universo favorecido pela tecnologia?
Apreciaria saber que através deste blog, forneço modesta contribuição para a construção daquele tipo de cidadania verdadeira que tantos almejam. Farei, gostosamente e convicto, minha parte. Postarei opiniões pessoais sobre os acontecimentos do cotidiano desta minha e de outras plagas.
Sei, como você que me honra com sua atenção e leitura, que preconizamos mudanças de comportamento em todos os sentidos. É isso que buscarei estimular. Comentários serão bem vindos e aceitos, se postados no estreito círculo do bom senso e da civilidade. Afinal, de ofensas e ingerências em nossas vidas, estamos saturados. Por que mais um desatino?
Pretensão não me falta com a disposição de publicar um artigo diário aqui no blog. Mas, quem sabe? Tenho que recompor minha concorrida agenda para dar conta do recado e de mais essa obrigação profissional. Mas o farei com muita alegria e disposição.
Posso contar com seu apoio, caro leitor? Um abraço.