terça-feira, 4 de março de 2014

LUZ AMARELA NAS FINANÇAS DE JOSÉ BONIFÁCIO

Em plena Terça-Feira de Carnaval, pessoas divertindo-se de todas as formas, ouso imaginar que autoridades municipais terão desagradável surpresa quando retomarem o expediente na Quarta-Feira às 12h00. E, se buscarem informações sobre o dinheiro em caixa e a projeção para Março que efetivamente se inicia - pasmem - no dia 5, pois os demais foram consumidos pela folia de Momo, certamente levarão um choque. Em Março, a previsão do repasse federal referente ao FPM - Fundo de Participação dos Municípios, terá redução de surpreendentes 26,6%, o maior entre todas as Prefeituras da Região Noroeste do Estado. Em Fevereiro, a Prefeitura de José Bonifácio recebeu R$ 1,5 milhão e a previsão mais otimista para Março é chegar a R$ 1,1 milhão.
Claro que não é notícia para animar ninguém, muito menos o burgomestre Edmilson Pereira Alves. Penso que ele terá que usar muito a imaginação para contornar esse problema, pois a diferença fará uma falta danada. No mais previsível cenário, precisará adotar medidas administrativas antipáticas, apertando o cinto ao máximo e suprimindo gastos. E haja jogo de cintura, pois essa estimativa de queda no repasse calculada pelo economista François Bremaeker, do Observatório de Informações Municipais mesmo sendo negra é por demais otimista, já que a Confederação Nacional dos Municípios calcula em redução de até 32%. Considerando que em tese, o Ano de 2014 "começa depois do Carnaval", Quarta-Feira de Cinzas, portanto, o temor deve estar rondando a Administração Municipal, pois com notícias nada confortáveis na economia brasileira desaquecida, Copa do Mundo que é outro Carnaval, disputada no Brasil daqui há 100 dias, tudo gera muitas incertezas.
Prefeitos, como é o caso de José Bonifácio, usam os recursos do FPM para pagamento de salários dos servidores. Pessoalmente, preferiria revelar que as receitas da cidade estivessem favoráveis mas isto não é verdade. Não somos caso isolado no País. Mas isto nos afeta, dolorosamente. Redução do FPM implica em corte de gastos, supressão de investimentos em obras públicas, adiamento de alocação de recursos em convênios com o Estado e União, não às horas extras trabalhadas, menos veículos circulando, obras em andamento em compasso de espera.
Será preciso que o burgomestre dê ordens expressas a todos os setores, para adotarem o mais doloroso aperto do cinto. Ninguém pode ser privilegiado, sob pena do descontrole e de mútuas acusações perdulárias se instalar na máquina pública municipal. A prioridade é manutenção dos chamados serviços essenciais, saúde pública, limpeza urbana e transporte de alunos, etc. Tudo deve ser controlado ao extremo, desde energia elétrica, uso de material de consumo em geral, passando pelo cafezinho, e atingindo telefonemas, gasolina, etc. Tudo, absolutamente tudo, deve ser controlado com o máximo rigor, recomendam as mais comezinhas normas administrativas para que as finanças não entrem no vermelho em tempos de pré-crise. Se isso será feito pelo administrador,  é outra história.
Cabe a nós, cidadãos contribuintes, observarmos os passos e decisões do gestor público, pois como Presidente eleito pelos acionistas-eleitores para administrar a maior empresa da cidade, não podendo ele ceder à emoção para satisfazer a plateia. Mais do que isso, deve ter a coragem de vir a público e expor plenamente e com todos os números, o quadro econômico-administrativo da empresa que dirige, pedindo a colaboração dos "acionistas" para, juntos, enfrentarmos o momento de pré-crise.

Um comentário:

  1. no ano passado alertei sobre o corte no sistema , pois em época de eleições os governo Federal programa um corte no orçamento dos municípios , e isso causa um transtorno na administração publica , e deixa de realizar muitos serviços por conta desse corte no orçamento , Em José Bonifácio o nosso orçamento é dividido
    em folha de pagamento do funcionalismo 51% , 25% educação 15% saúde , sobrariam 9% para obras , com um corte de 26% muitas coisas vão deixar de ser atendidas , entrando em estado de alerta , A Administração antecipadamente ja cortou a maioria das horas extras e nesse caso a grande parte dos funcionários ja
    com seu orçamento apertado pois os salários estão defasados e as horas extraordinárias era uma complementação , ja estão sofrendo as consequências e pior são os que mais precisam , acredito que seria a hora de rever cargos de que muito pesa na folha de pagamento , não só no funcionalismo , mas em todos os sentidos exitem sim mecanismo que podem e devem ser usados para contensão e corte de gastos , mas cabe a administração observar e tomar a decisão .

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