segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

SÓ DEPENDE DE MIM!

Vivemos nós, brasileiros, acossados pelo medo. A todo instante somos atingidos por informações revelando a hecatombe governamental, empresarial e política. Basta assistir qualquer programa televisivo, para recebermos uma avalanche de negativismo. Ouvimos, calados e submissos, que os governantes em todos os escalões administrativos nada fazem, que políticas de segurança, saúde, educação, obras, etc, não funcionam a contento e como deveriam ser. Contam-nos que gestores públicos saqueiam o erário como se fossem eles os donos dos cofres e do dinheiro. Bandidos portando armas moderníssimas matam todo dia agentes da segurança pública, estes submissos a regulamentos e normas que dificultam ações para proteger a sociedade. O tráfico de drogas é praticado a céu aberto nas ruas de todas as cidades. Professores reclamam dos baixos salários e do desinteresse de alunos que não desejam aprender. O índice de desemprego é alarmante, empresas estão encerrando atividades pressionadas pela economia em declínio. O custo de vida é majorado diariamente e torna-se proibitivo até saborear o cafezinho na padaria da esquina.
Tudo isso está se refletindo no relacionamento pessoal e familiar. As pessoas andam muito ressabiadas, cabeça baixa, a autoestima prejudicada, convivendo com conflitos internos de toda espécie. Pais discutem entre si e com os filhos. Todos nós procuramos culpados para os insucessos. Tateamos às cegas, tentando encontrar a saída do labirinto em que nos metemos. Sim, fomos nós que entramos num círculo vicioso, por opção e comodismo. Fomos fracos ao nos deixarmos seduzir pelo canto das pitonisas das desgraças. Preferimos a facilidade ao invés de nos determos na prévia avaliação do que nos impingiram ao longo dos tempos.
Costumo dizer nas palestras que faço que a vida, nosso dia-a-dia, é semelhante ao ato de depararmos com o pneu do carro furado. Neste caso, vejo três coisas a serem feitas. Se alguém souber de outra, por favor, me conte. Ao olhar para o pneu furado estará à nossa disposição três ações: a primeira é abrir o porta malas, retirar o estepe e substituirmos o pneu avariado; a segunda, caso não queiramos ou não possamos aplicar o esforço pessoal com a troca, chamar um borracheiro ou algum amigo, para nos auxiliar; e a terceira ação será chorar, colocar as mãos na cabeça, descabelar-se e lamentarmos pelo infortúnio, atribuindo o incidente à nossa má sorte.
Assim é a vida. Estamos num palco com dimensões adequadas ao nosso estilo para atuarmos conforme o enredo e desempenhando o papel designado para o momento. Nada é estático neste universo, ele próprio sempre em movimento. Por que então, temos que nos acomodar e assumir um papel nada confortável de submissão e incapacidade? Fomos levados a acreditar que tudo emana do governo e que os cidadãos possuem direitos plenos. É um equívoco que está custando caro não só à Nação, mas principalmente à nós, brasileiros. Criticamos o desgoverno Federal, Estadual e Municipal, o mau desempenho dos Deputados, Senadores, Presidente da República, Governadores, Prefeitos e Vereadores, mas a cada eleição nós os reconduzimos ao centro do poder. Cobramos dos gestores ações diversas na área educacional, da saúde, na segurança, obras, etc, em discursos e perorações inflamadas, mas aceitamos passivamente que sejamos gerenciados por políticos despreparados e sabidamente interessados nos afagos e nas benesses que os cargos públicos proporcionam.
Aceitamos as migalhas que nos dão coletivamente tais gestores, endeusando e aplaudindo ações daqueles que praticam às escâncaras as mazelas. Estamos sempre buscando a zona de conforto, hilariamente assentados no comodismo e no individualismo. É possível mudar sim, o País, o Estado, a Cidade. É possível sim, vivermos imensamente melhor, mesmo que não estejamos no paraíso. Depende de quem? De mim, de você, de cada um individualmente. O pneu furado do sistema só será trocado por mim ou por você. Se mantivermos a postura da crítica pela crítica, ou nos descabelarmos com a decepção por estarmos com o pneu do sistema furado, nada acontecerá. É preciso ação, vontade para mudar, vontade para fazer acontecer. Ninguém virá em seu socorro se você continuar de cócoras, lamentando e derrotado. É próprio dos humanos, fugir dos derrotados, dos que nada tem e nada sabem. É muito mais proveitoso aproximar-se dos vitoriosos e detentores de posses diversas.
Só depende de cada um de nós a escolha do caminho a ser trilhado. Nem sempre aquele que aparenta ser tortuoso deve ser evitado. Nada se constrói sem planejamento, sacrifícios e ações. Toda hora é o momento ideal para aplicar a mudança. Como agora, por exemplo, em que vivemos um período de retração geral na economia. Atentemos para o que está nos incomodando, e busquemos cada um a saída do labirinto, sem aguardar que o governo ou alguém virá em nosso socorro. Nossa ação provocará a reação. E esta, revelará a mudança que tanto precisamos, mas que não estamos tendo a coragem para enfrentar. É preciso agir, já, agora, sempre. Nisso, Eu Acredito!

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